Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

Dia 08 de Junho, vamos celebrar a festa de Corpus Christi, e por isso o assunto de hoje é a Santa Eucaristia.

A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais ou temporais” (C.I.C. nn.1407, 1409 e 1414).

A Eucaristia, nas suas três dimensões, Sacrifício da Missa, Comunhão e Presença Real, “é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ela é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo...” (Direito Can. cân. 897).

Esse tesouro de valor incalculável, a Santíssima Eucaristia, foi instituído por Jesus na Última Ceia, na Quinta-feira Santa. Mas, então, na Semana Santa, a Igreja estava ocupada com as dores da Paixão de Cristo. Por isso, na primeira quinta-feira livre depois do tempo pascal, a Igreja festeja com toda a solenidade Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, presente sob as espécies de pão e vinho, na Hóstia Consagrada.

Como se faz crescer o amor que vem de Deus? É preciso ir à fonte dele, que é Jesus. Por isso nos é dada a Eucaristia, sobretudo para aumentar nosso amor a Jesus, para “colar” nosso coração ao de Jesus, nosso corpo de Cristo, nossa alma à do Senhor, nosso sangue ao dele. Deus mesmo nos vem dar a capacidade de amar. 

Se comungamos bem, em estado de graça, com fé, sabendo que “pagamos” um preço para comungar (isto é, que nos sacrificamos); se nos esforçamos para ir à Missa e estar com Jesus; se preparamos nosso dia todo para a comunhão, então iremos comungar bem, iremos crescer no amor, iremos crescer em caridade. Quando as pessoas, durante o dia, encontravam S. Francisco de Sales, grande bispo e Doutor da Igreja, e perguntavam-lhe: “O que o senhor está fazendo?”, ele respondia: “Estou me preparando para celebrar Missa”, mesmo que só tivesse de celebrá-la no dia seguinte. 

No entanto, ele vivia assim, tendo o centro do dia na Missa que celebraria, na comunhão que faria, como se o dia se dividisse em duas partes: primeiro, a preparação para a Missa e para comungar; depois, a ação de graças. Se, após a ação de graça, já começamos a nos preparar para a próxima comunhão, então vivemos como vivia S. Francisco de Sales. É assim que devemos viver e, junto com aquele povo tão cheio de fé e devoção a Jesus, atravessar o deserto da vida, alimentados pelo pão vivo que desceu do céu, inflamados de caridade, conscientes de que a nossa pátria não está aqui, mas no céu, onde veremos o Amor face a face.

Fazei que nós sejamos artesãos da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia. Vosso filho Jesus está no meio de nós, no Santíssimo Sacramento, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas. Seguindo o exemplo de Maria, queremos permanecer unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém!





FONTES DO TEXTO:

Corpus Christi, isto é, SS. Corpo e Sangue de Cristo - Vatican News

Por que precisamos comungar? (padrepauloricardo.org)

FONTE DA IMAGEM: Bing.


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